Calma ausente é a pressa que devora
Oriente e ocidente, prumo e enguiço
É que só eu sei minhas preces e magias
Vão dizer que me repito demais
Indo e voltando no ponto cambota
Vaiando a dor de um só idiota
E eu digo que aqui dentro jaz
Restos mortais de tudo que importa
Diante de tanto remédio vencido
Eu desfio o rosário de lamentos
Na noite dos dias de teto de vidro
Tudo desafia o caos-sentimento
Rogo aos céus que me dêem tempo
Outro dia eu volto e acerto a dívida
Dois faz par, mas não faz felicidade
Eu sei e sei quem mais que sabe
Mas dos dias de contente
Inteirei um bocado de alegria
Morna e ás vezes quente e fria